Paraíso dos Bandidos

Quantas drogas por quantas notas de cem

Essa sujeira é impossível de limpar

Não importa como, eles querem o que nós tem

O paraíso dos bandidos onde está?

Por isso eu limpo minha peça, levanto e dou um beijo nela

Sempre oro pela manhã antes de cair pra pista

Ninguém mais vive seguro, de olho na malandragem

Que Deus adie minha vez ou me dê mais uma ficha

Esquenta a ponta da faca pra perfuração

Ficar um pouco mais fácil

Ele se mexe na cadeira como filme americano

Tu não vai contar o segredo porque a morte não é x9

Como Ronaldinho no campo e não no baile

Preciso e habilidoso, gotículas de sangue

No iPhone 12

Moleque problemático do artigo 12

No meu bairro tu vê coisa sem nunca ter

Dropado um doce

Essa poeira na varanda vou varrer a noite

O caos me fez amadurecer como uma fruta podre

Esse sucesso não enxergo nessa tela escura

Brilho ocular pois minha vista só vê dinheiro

Sem tempo pra crise, eu sou meu próprio inferno

Quais são as drogas do momento?

Eu preciso vendê-las

Não existe livro pra quem já sofreu o desprezo

É sempre mais fácil roubar quem eu já conheço

A rua te oferece e aceitá-la tem um peso

Há dias que eu não rezo

Confesso que essa merda tem me atormentado

Diariamente eu paro e converso com o espelho

Discutindo com reflexo

Deus me deu uma chance, desperdiçar é burrice

Cansado da mesmice

Eu sou meu próprio vice

Rimando olhando as goteiras do teto

Pedindo prosperidade emanando sempre o inverso

Quantas drogas por quantas notas de cem

Essa sujeira é impossível de limpar

Não importa como, eles querem o que nós tem

O paraíso dos bandidos onde está?

Por isso eu limpo minha peça, levanto e dou um beijo nela

Sempre oro pela manhã

Antes de cair pra pista

Ninguém mais vive seguro

De olho na malandragem

Que Deus adie minha vez ou me dê mais uma ficha

Eles quer a droga do momento

Desce mais duas placas

Enfrentei adversidades

Com mirabolância

E se o tempo for ruim

Se a vaca for magra

Eu quero os mesmo de questão na mesa

Essa é a segurança

De que não vai ter nenhum abutre

Se eles vier de truque

Vão ouvir o barulho da pt novinha

No óleo, vai cuspir o aço

É o trem descarrilhado e você sabe

Não andamos na linha

Então tu segue na tua fé que eu sigo na minha

Tu manda na parte de baixo, eu na parte de cima

É que a minha mente é problemática e assassina

E pra não matar ninguém eu desconto as merda na rima

Play compra na orla, menor vende a trinta

Entope a narina, na sede das notas

Os cria se diverte, inventa a batida

A rua é o improviso

Eu aprendi a fazer na hora