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"Gato de Três Cores" é uma canção interpretada pela renomada dupla sertaneja brasileira Tião Carreiro & Pardinho. Lançada durante o auge do movimento sertanejo, a música destaca-se pela sua melodia envolvente e pelas letras que retratam a vida no campo com sensibilidade e autenticidade. Combinando violão e sanfona, a dupla consegue transmitir emoções profundas, refletindo as tradições e o cotidiano rural brasileiro. "Gato de Três Cores" tornou-se um favorito entre os fãs, consolidando ainda mais o legado de Tião Carreiro & Pardinho no cenário da música sertaneja.
Foi naquele dia de corpo de Deus
Recebi uma carta que me ofendeu
Portador que trouxe foi quem mesmo leu
O povo queria ver um encontro meu
Com este campeão que apareceu
Chegou esse dia, o tempo escureceu
Trovejou bastante, mas não choveu
Logo meu colega compareceu
Pra cumprir com trato que prometeu
Cheguemo na festa que o portão bateu
Festeiro alegre me arrecebeu
Lá pra dentro estavam uns amigos seus
Já veio uma pinga, tudo ali bebeu
Meu peito velho já desenvolveu
Repiquei no pinho que as cordas gemeu
Chamei o festeiro, ele me atendeu
Vamos lá pra sala que a hora venceu
Diga pro campeão quem falou foi eu
Gato de três cor inda não nasceu, ai
Que dirá campeão para quebrar eu
♪
Primeira moda foi pra dizer a Deus
O festeiro veio e me agradeceu
O pessoal dali já me conheceu
Uns disse baixinho, outro arrespondeu
Violeiro igual esse ainda não nasceu
Um dueto triste, o coração doeu
Pra falar verdade, até me comoveu
Elogios que nós não mereceu
O próprio festeiro já me protegeu
Cantei outra moda, não me arrespondeu
E aqueles campeão já se encolheu
Nem pra afinar a viola não se atreveu
Chegou meia-noite, o relógio bateu
O campeão dali desapareceu
Que estava perdido, reconheceu
Só nós dois cantando que amanheceu
Para trabalhar, meu peito não deu
Mas pra fazer moda, apostou perdeu
Gato de três cor inda não nasceu, ai
Que dirá campeão pra quebrar eu
É no pé